Associações ambientalistas cabo-verdianas expressaram à Lusa a necessidade urgente de priorizar a captação de água no novo fundo climático do país, que está prestes a ser estabelecido pelo governo.
Segundo Januário Nascimento, presidente da Associação para a Defesa do Ambiente e Desenvolvimento (ADAD), o fundo deve ser direcionado para a mobilização de água e a proteção do ambiente e biodiversidade, reconhecendo a aridez do país.
Nemias Gonçalves, diretor da Quercus Cabo Verde, ressaltou a importância de tratar o plástico para evitar a poluição costeira e marinha, destacando a necessidade de uma transição para energias renováveis.
Ambas as associações enfatizaram a importância de campanhas de sensibilização para a preservação das praias, controle de recursos naturais e construção em locais adequados, a fim de reduzir a vulnerabilidade do país a eventos climáticos extremos.
O Governo cabo-verdiano planeia estabelecer o novo fundo climático em breve, com financiamento inicial de 12 milhões de euros, provenientes de um perdão de dívida de Portugal. As associações ambientalistas aguardam ansiosamente a aprovação do fundo e esperam que seja amplamente divulgado para toda a sociedade civil.