Eu sou a mudança, e tu?

Atualmente, “mudanças climáticas” é o tema mais debatido, o que já era de se esperar já que ninguém mais aguenta o calor sufocante.  A UNICEF define-as como transformações a longo prazo nos padrões de temperatura e clima do planeta. Estamos, há muito tempo, nesta caminhada rumo ao caos, mais precisamente desde meados do século XVIII, com o início da industrialização, que gerou um grande aumento de emissões de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera. Claro que a natureza também contribui com as suas erupções vulcânicas por exemplo, embora sejam insignificantes comparadas com as nossas contribuições. 

Mas trata-se de muito mais que o calor sufocante nas ruas. Estamos a falar de desastres naturais, extinção de espécies, proliferação de doenças, aumento do nível médio do mar e muitas outras adversidades que colocam a nossa existência em risco. 

Nós, crianças e adolescentes, somos os mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas, por estarmos em uma fase mais sensível de desenvolvimento.  As gerações futuras correm o risco de sequer existirem, já que com o passar dos anos registam-se temperaturas cada vez mais elevadas. 

Infelizmente, muitos ainda não compreendem a gravidade da situação, ou, no pior dos casos, ignoram-na. Falo especialmente das gerações mais antigas, mas nós, que nascemos e crescemos já nesta realidade, sabemos o que está em jogo. 

A escola, como um espaço de formação dos futuros cidadãos e líderes, é o lugar ideal para promover a conscientização, afinal é preciso conhecer e acreditar no monstro antes de combatê-lo. 

Podemos fazer muito ao adotar simples práticas sustentáveis como evitar o consumismo, economizar água e luz, reutilizar, preferir produtos biodegradáveis… e o melhor que podemos fazer é erguer a nossa voz, tentar sensibilizar os líderes para criarem e adotarem políticas de mitigação urgentemente e comprometermo-nos a seguir o legado quando chegar a nossa altura de governar. 

Greta Tintin Eleonora Ernman Thunberg é um exemplo de que podemos sim fazer algo. Mesmo que não sejamos tão radicais como ela, não podemos ficar de braços cruzados. 

Este artigo é uma das minhas contribuições para a mudança, talvez se cada um de nós escrever artigos como este consigamos atingir o nosso objetivo. 

A mudança começa dentro de cada um de nós! Se as gerações que nos antecedem não agem, então precisamos de ser nós a voz e a força da transformação.

 Eu sou a mudança, e tu?

Autoria

Denira Monteiro

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