O ano que agora termina foi o mais quente em quase dois séculos e o aquecimento global está a acelerar, deixando “incertezas perante o futuro”, explicam ao Expresso três cientistas.
Apesar de em Portugal entrarmos no novo ano debaixo de chuva e de, noutros pontos do Hemisfério Norte, a chuva e a neve enregelarem os dias e as noites, dúvidas não há de que 2023 fica para a história como o ano mais quente dos últimos 174 anos. E provavelmente dos últimos 125 mil anos. Pelo menos até agora.
Só entre junho e novembro bateram-se recordes nunca vistos e, nas contas finais, o termómetro médio global subiu 1,4°C por comparação à média registada no ano de 1850. Porém, não podemos dizer que estamos a 0,1ºC da meta de 1,5 °C, definida como o limite para tentar travar consequências mais trágicas da crise climática. Para já, estamos a 0,3º com base nos modelos físico-matemáticos para períodos de 30 anos, que coloca o aquecimento médio global 1,2 °C acima do da época pré-industrial, segundo dados do programa europeu Copernicus. E é este valor que conta para as contas.
Fonte: “Expresso”