Podcast Liderança Juvenil Nacional

Ver episódio do podcast aqui.

Neste episódio foram entrevistados: 

  • Eric Dongo, de São Lourenço dos Orgãos, Ilha de Santiago. 
  • Tiago Silva, do Maio. 

Tiago, como aluno anfitrião podes dizer-nos o que é a primeira Academia InfantoJuvenil para Ação Climática? Quais são os seus objetivos? E quais as expectativas dos alunos? 

A Primeira Academia Infantojuvenil para Ação Climática é uma iniciativa que busca capacitar jovens para enfrentar os desafios relacionados às mudanças climáticas, fornecendo a eles conhecimento e ferramentas para se tornarem líderes e agentes de transformação em suas comunidades,eu sinto um grande orgulho em ver minha ilha escolhida para sediar a Primeira Academia Infantojuvenil para Ação Climática. A Ilha do Maio, é um lugar de beleza natural exuberante, com ecossistemas únicos, e ser o local de uma iniciativa tão significativa reflete a importância de preservar esses ambientes e destaca o papel das ilhas na luta contra as mudanças climáticas.As expectativas dos alunos da Primeira Academia Infantojuvenil para Ação Climática na Ilha do Maio podem ser bastante variadas, mas todas giram em torno de aprender e agir em prol do ambiente. 

Eric, sendo tu também um líder no seio da tua comunidade, quais acham serem as melhores maneiras de envolver com mais crianças e jovens na ação climática? 

Para mim a melhor forma que temos de os jovens estarem envolvidos e de tentar acolher os jovens numa sociedade onde a nossa função é sempre estar em evolução, tentar evoluir o máximo possível, é usar de meios que temos hoje, como sabemos estamos num mundo tecnológico, para adaptarmos às novas forças.  

Dou como exemplo uma grande e ilustre palestra que tivemos ontem, com os jovens de São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique onde a Choconesa estava aberta e dava tudo si, ela demonstrava todo aquele interesse, amor e empatia em estar no meio dos jovens. 

Desta forma Acredito que as melhores maneiras de envolver mais crianças e jovens na ação climática incluem a criação de programas educacionais nas escolas que integrem a sustentabilidade no currículo. Além disso, podemos organizar eventos comunitários, como limpezas de praias e plantio de árvores, que incentivem a participação ativa.  

É crucial usar as redes sociais para disseminar informações e mobilizar jovens, criando desafios e campanhas que incentivem a ação individual e coletiva. Também devemos promover parcerias com organizações locais e internacionais que já trabalham com jovens, oferecendo mentorias e oportunidades de liderança. Dessa forma, podemos cultivar uma geração de jovens que não apenas se conscientizam, mas se tornam agentes de mudança em suas comunidades. 

Eric, e como achas que podemos mobilizar os jovens cabo-verdianos para assumirem esse papel de liderança dentro da comunidade? 

A primeira forma de mobilizar os jovens a assumirem um papel de liderança dentro na nossa comunidade é Dar o Exemplo. Um jovem que dentro da sociedade não tem uma postura firme, por mais que tente não conseguirá dar o exemplo de que é necessário para transmitir a confiança. Então a melhor forma é dar o exemplo e estar ativo no meio da sociedade onde estamos.  

Sendo assim, para mobilizar os jovens cabo-verdianos a assumirem papéis de liderança na comunidade, é crucial criar espaços onde possam se expressar e se envolver ativamente. Isso pode incluir: 

  1. Workshops e Seminários: Organizar eventos educativos que abordem questões climáticas e incentivem a participação ativa dos jovens em soluções locais. 
  1. Programas de Mentoria: Conectar jovens com líderes comunitários e especialistas em meio ambiente, permitindo que aprendam e desenvolvam habilidades de liderança. 
  1. Campanhas de Conscientização: Usar mídias sociais e outras plataformas para disseminar informações sobre a importância da ação climática e como cada um pode contribuir. 
  1. Projetos Práticos: Incentivar a implementação de projetos de sustentabilidade nas escolas e comunidades, onde os jovens possam ver o impacto direto de suas ações. 
  1. Espaços de Diálogo: Criar fóruns onde os jovens possam discutir suas ideias e preocupações sobre o clima, promovendo um senso de pertencimento e responsabilidade. 

Assim, ao capacitá-los e dar voz a suas preocupações, podemos inspirar uma nova geração de líderes comprometidos com a ação climática. 

Tiago, como futuro estudante universitário, como achas que a ação climática pode ser promovida na universidade no país e na diáspora? 

O estudo universitário oferece um ambiente rico em conhecimento, oportunidades de pesquisa, colaboração e ativismo, onde você pode realmente fazer a diferença no combate às mudanças climáticas 

Para encerrar, gostaria de pedir a cada um de vocês que partilhem uma mensagem final sobre a importância do envolvimento dos jovens cabo verdianos na ação climática e o que todos nós podemos fazer para apoiar essa causa. 

Tiago, começas? 

Gostaria de deixar uma mensagem importante para todos nós refletirmos. O planeta em que vivemos é a nossa única casa, e as mudanças climáticas que enfrentamos nos mostram claramente que não temos um Plano B ou um Planeta B. 

O impacto de nossas ações hoje será sentido pelas próximas gerações. 

A transformação começa com pequenas atitudes. Seja economizando água, reciclando, utilizando energia de forma consciente ou apoiando iniciativas de conservação, todos podemos contribuir para um mundo mais sustentável. A união de nossas ações pode causar um impacto enorme. Portanto, lembrem-se: o momento de agir é agora. Juntos, podemos fazer a diferença e garantir um futuro próspero para o nosso planeta. 

Eric, concluis?  

Agora me recordo do primeiro ano que participei do Parlamento InfantoJuvenil, em que estávamos no Palácio da Presidência Nacional com o então Presidente da República, então naquelas dinâmicas de apresentação houve um jovem da ilha de São Vicente que ao apresentar-se disse ao Senhor Presidente da República Doutor Jorge Carlos Fonseca que ele seria aquele que um dia sentaria na cadeira do PR, e houve um espanto dentro daquela sala. 

Então indo de encontro com a ousadia que aquele jovem teve naquele momento e a tudo que a Dâmares e o Tiago já disseram que eu digo: 

Não temos um planeta (pano) B, temos apenas o planeta (plano) A e qualquer dia podemos deixar de a ter. 

Portanto quando transformarmos ideias em ações desta forma poderemos salvar o nosso planeta. Nós os jovens, apenas teremos vozes nesta sociedade quando formos capazes de deixar a nossa liberdade fluir no meio onde nos encontramos. 

Qualquer coisa que possamos fazer para salvar esta nossa linda terra façamos! 

Então: a hora do agir é agora, pois o futuro não espera e o planeta não perdoa. 

Autoria

Eric Dongo e Tiago Silva

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