A última Conferência das Partes (COP) da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) decorreu no Dubai em dezembro de 2023. Esta foi conhecida por ter tido um recorde de participação, com cerca de 85 000 registados entre delegados, jornalistas, representantes da sociedade civil e do setor privado. Par atrair tanta gente, o que é que realmente está em jogo nestas negociações? Como é que Cabo Verde se prepara e o que é que quer como resultado da sua participação?
O termo COP já quase que entrou na linguagem comum. Na altura do Natal já quase todos nos habituámos a ver notícias sobre os encontros que acontecem no âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) um pouco por todo o mundo e alertas para o facto de termos que mudar as nossas atitudes para que o planeta seja salvo. Repetem-se os apelos à ação e os pedidos de financiamento, com os países mais vulneráveis como os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS) a alertar para a necessidade de manter o aumento da temperatura no limite do 1,5ºC.
Mas o que é que realmente está em jogo nestas negociações? Quais são os principais grupos negociais e quais os seus objetivos? Como é que Cabo Verde se posiciona e o almeja como resultado da sua participação?
Se há uns tempos eram só as COPs e reuniões que ocorrem em junho em Bona para as preparar, hoje em dia os fora negociais em que clima é discutido são muitos mais e para uma participação eficiente e eficaz das delegações dos vários países o esforço de preparação é cada vez maior.
Neste sentido, Cabo Verde está a preparar a sua estratégia negocial e médio prazo e a levar a cabo ações de formação para os seus técnicos, delegados e jornalistas com vista a estar mais bem preparado para trazer para casa bons resultados, não só ao nível do governo, mas da sociedade civil e de uma presença mediática reforçada. E os jovens também querem ser ouvidos.
Vamos ficar a saber tudo nesta newsletter.
Clima – eco do passado, preocupação do presente, sonho do futuro
No horizonte de um mundo em transformação,
Ergue-se a diplomacia climática, uma ponte de união.
Jovens corações, pulsando com vigor,
São chamados a moldar o futuro, com paixão e amor.
Nas sombras das florestas, sussurram segredos antigos,
Rios cantam canções de esperança, nas suas curvas e abrigos.
Nós, os jovens, ouvimos esses ecos distantes,
Respondemos com fervor, com sonhos vibrantes.
A Terra nos chama, sua voz um apelo urgente,
Para que sejamos guardiões, de um planeta em vertente.
A diplomacia climática é mais que um tratado,
É um pacto de vida, um futuro compartilhado.
Em salas de aula, onde o conhecimento floresce,
Aprendemos sobre os desafios, e como a Terra padece.
Mas também sobre a força de nossos corações,
Prontos para liderar, com novas soluções.
Em protestos e marchas, nossa presença é sentida,
Cada voz, um grito, uma esperança erguida.
Fridays for Future, um movimento sem fronteiras,
Jovens unidos, transformando barreiras.
Tecnologia nas nossas mãos, uma ferramenta de criação,
Projetos verdes brotam, frutos da nossa imaginação.
Inovações nascem, como estrelas no céu,
Desenvolvemos soluções, com um toque fiel.
Governos, abram os portais da inclusão,
Permitindo que jovens participem da decisão.
Programas, estágios, oportunidades sem fim,
Para que nossa energia se transforme em um hino enfim.
A diplomacia climática é a nossa missão sagrada,
Uma jornada que começa, com cada passo dado.
Somos a geração que carrega a tocha da mudança,
Cada jovem um poeta, escrevendo sua própria dança.
Com coragem e amor, traçamos nosso caminho,
Um futuro sustentável, onde todos têm carinho.
O futuro é nosso poema, ainda por escrever,
E em cada verso, nossa esperança e poder.
Deixamos aqui nossas palavras, uma ode à ação,
Que cada jovem se levante, com determinação.
A diplomacia climática é mais que uma meta,
É um chamado ao mundo, onde a justiça nos afeta.
Com um só coração, caminhamos em direção,
A um mundo renovado, uma nova visão.
Jovens e velhos, de mãos dadas, em harmonia,
Construindo um amanhã, cheio de paz e alegria.
Poema por Larissa Moreira, Deputada InfantoJuvenil da Calheta de São Miguel, Santiago