Cabo Verde participou no evento paralelo na COP28 intitulado “An Empowered Civil Society as the Basis for Successful Climate Action” (“Uma sociedade civil capacitada como base para uma ação climática bem-sucedida”), onde teve a oportunidade de abordar os progressos na luta contra as mudanças climáticas e na adaptação aos seus efeitos.
As mudanças climáticas, pelos seus efeitos e impactos, têm sido encaradas em Cabo Verde como uma condição urgente para garantir o desenvolvimento sustentável do país.
Sendo parte da equipa que representou Cabo Verde na sessão, Carla Lima Semedo, diretora de Mobilização de Recursos na Direção Nacional de Planeamento, garantiu que atualmente existe uma maior consciência da importância da institucionalização da governação climática, nas políticas, planos e estratégias, na fase de tomada de decisão, desde o início da fase de planeamento e orçamentação das políticas públicas até à sua implementação, de modo a alcançar os compromissos assumidos pelo país.
De acordo com o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável 2022-2026 (PEDS II), que tem um pilar dedicado ao clima, Cabo Verde está na posição 77 entre os “países mais bem preparados para lidar com os efeitos das mudanças climáticas”. Carla Lima Semedo considera que “temos de reforçar a resiliência climática do país e por isso estamos conscientes de que é crucial combinar forças, incluindo todos os setores, autoridades locais e centrais, setor privado e, muito importante, também a sociedade civil. Acreditamos que o sucesso do nosso plano estratégico nacional depende da implementação desta abordagem inclusiva e transparente”. Quanto ao financiamento, declarou que Cabo Verde tem recebido ajuda pública dos parceiros de desenvolvimento, como empréstimos e donativos, porém destacou a necessidade de angariar mais fundos para a implementação dos planos e políticas, nomeadamente para a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) e o Plano Nacional de Adaptação (NAP).
De realçar que o evento foi organizado no âmbito do programa da Ação Climática da Lux Dev em Cabo Verde, e contou com a participação do diretor nacional do Ambiente, Alexandre Nevsky e a presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública, Maria da Luz.